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1 João 1 - Mario Persona

1 João 1 - Mario Persona
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Nos primeiros versículos deste capítulo, desse livro, dessa carta de João, ele nos dá a base o fundamento e a origem da vida que agora temos, porque nós não tínhamos vida. É sempre importante lembrar disso, nós estávamos mortos nos nossos delitos e pecados, essa era a condição que Deus nos enxergava, espiritualmente mortos, completamente mortos. Precisamos, primeiro de vida, para podermos sentir o peso dos nossos pecados e irmos a Cristo, e isso não seria feito se o Espírito Santo não tivesse incutido em nós vida.

Quando nós fomos a cristo não foi uma grande ideia que a gente teve de que “ah agora eu entendi”, não! Na realidade o que aconteceu foi um novo nascimento, Ele, Deus através do Espírito Santo, incutiu vida em nós, injetou vida em nós através da palavra, isso é de João cap. 3:8 “o vento sopra onde quer não sabemos sua origem, nós ouvimos sua voz não sabemos de onde vem nem para onde vai assim é aquele que é nascido de Deus”. Então nós nascemos de Deus naquele momento em que o Espírito Santo aplicou a palavra de Deus nos nossos corações e nos fez despertar para as sensações espirituais, nós passamos a ser sensíveis as coisas de Deus naquele momento. Em seguida o Espírito Santo nos encheu com a sua palavra e transformou em vida, aqueles vasos de pedra (esse foi o primeiro milagre do Senhor Jesus, foi transformar aguá em vinho, água o símbolo da palavra de Deus, vinho o símbolo de alegria, e de vida também, o vinho nos lembra sangue(João 2:1:10)) e ai nos cremos em cristo.

O processo é semelhante ao que passou aquele centurião romano(Atos 10), Cornélio, ele era um homem temente a Deus que fazia orações a Deus, suas orações chegavam até Deus, eram lembradas diante de Deus, mas ele não era salvo, ele não estava salvo, mas como ele podia temer a Deus se não estava salvo? De onde vinha esse temor a Deus? Vinha da vida que ele tinha agora em si, ele era um homem nascido de novo porém não salvo. Ele precisou escutar da boca de Pedro o evangelho puro, da morte e ressurreição de Cristo e do juízo que virá sobre os que não creem, pra então ele crer. E quando ele creu, ele recebeu o Espírito Santo, agora ele estava salvo. É importante agente ler Romanos cap. 7, 8 entendendo essa transição do homem com vida, mas ainda não liberto dos seus pecados, e o homem encontrando total libertação em Cristo “desventurado homem que sou, quem me livrará do corpo dessa morte, graças a Deus por Jesus Cristo” (Romanos 7:24:25) e logo em seguida no primeiro versículo do capítulo 8 “agora pois nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. O cap. 8 de Romanos vai ser o capítulo onde mais vezes aparece menção ao Espirito Santo, porque é assim que acontece conosco, primeiro recebemos vida, sentimos o peso dos nossos pecados, cremos em Cristo, e recebemos o Espírito Santo, esse é o “passo a passo” da salvação. Obviamente não existe um tempo, as vezes pode acontecer tudo de uma vez só, pode acontecer um minuto antes do outro, mas a obra que Deus começa em alguém Ele termina “Deus terminará a obra que começou em voz” (Filipenses 1:6).

Então aqui nos primeiros versículos desta carta ele está mostrando a origem e o fundamento da nossa vida, nós temos, depois que cremos em cristo, vida eterna, e a vida que nós temos hoje não é uma vida natural, é uma vida vinda de Deus, vinda do alto. Agora, como desfrutar plenamente desta vida? ele vai falar no versículo 4 (1 João 1:4) “estas coisas vos escrevemos para que o vosso gozo se cumpra” e o primeiro passo para nós termos gozo realmente, no desfrutar dessa nova vida, é uma atitude de confissão de pecado. Porque eu to salvo por cristo, todos os meus pecados foram perdoados, de repente “vupt”, caio em algum pecado, e o que fazer? Nesse momento eu perco a salvação? Não! Eu perco a comunhão com Deus, e para que essa comunhão seja restabelecida, vou ter que começar confessando os meus pecados, a DEUS. Em nenhum lugar nós vamos encontrar, depois da conversão(na bíblia), nenhum cristão pedindo perdão a Deus pelos seus pecados. Nós pedimos perdão a Deus no dia em que cremos em Cristo, fomos perdoados de todos os nossos pecados.

Nós temos os mandamentos de Cristo nos evangelhos e nas epístolas, aliás, a epístola de João é a que mais vai trazer a palavra mandamentos, e obviamente não esta falando dos dez mandamentos, ou das duzentas, ou trezentas, ou mais coisas que se exigia na lei do antigo testamento do israelita, não! Os mandamentos de Cristo, ele fala não são pesados, o Senhor fala “os meus mandamentos não são pesados”(1 João 5:3). De qualquer maneira, estes mandamentos ele vai mostrar daqui para frente, e todos eles estarão fundamentados no amor ou na caridade. E nós amamos porque Deus nos amou primeiro, é o amor de Deus que faz com que nós possamos amar e agir em amor e em misericórdia. No antigo testamento o Senhor deixou claro, misericórdia quero e não sacrifícios(Oséias 6:6). Os israelitas judeus nos evangelhos tinham atingido um ponto em que eles realmente zelavam pela lei, mas sem nenhuma misericórdia. Tanto é que o faminto não poderia ser alimentado no dia de sábado, como aconteceu no episódio em que o Senhor permite que os seus discípulos colhessem grãos na beira do caminho(Marcos 2:23:28), porque a lei, inclusive, tinha essa misericórdia de permitir, e não era roubo.

O viajante naquele tempo não tinha lanchonete, posto de gasolina para parar na estrada, não tinha. Então o viajante poderia, a hora que passasse por um campo, pegar grãos, ou os frutos, ou o que fosse, da beira do caminho para se alimentar, e não era roubo. Deus deixava essa provisão, e quando eles se alimentaram num sábado os judeus ficaram irados com aquilo, e o Senhor mostrou muito claro para eles, que o sábado havia sido feito para o homem e não ao contrário, não o homem para o sábado, para o descanso do homem. E não tinha nada de errado os discípulos se alimentarem no caminho, cansados, famintos ele se alimentarem no dia de sábado, porque eles tinham que esfregar os grãos na mão para tirar a palha e aquilo era considerado um trabalho para os judeus e obviamente não havia misericórdia alguma na maneira com eles encaravam a lei.